quinta-feira, 26 de março de 2009

Gotas de chuva


Andando pela chuva, sem destino, apenas deixando o meu pensamento me levar, deixando que minhas lagrimas que insistem tanto em tocar o chão caiam e se misturem com as gostas de chuva que caem sobre mim. Por mais que as gotas de chuva me acalmem as minhas lagrimas queimam, ardem e doem tanto em meu rosto. Não escuto nenhum outro barulho a não ser o das gotas de chuva caindo ao chão, um barulho insuportável que dói no meu ouvido, iguais as suas palavras que doíam de escutar, mas era impossível não ouvir os seus gritos, de ódio, de pavor, eu via em seus olhos a fúria, e que ali você o que você queria mesmo, era deixar marcas em mim, eu via o jeito que apertava com força as mãos, as contendo. Agora em minha mente só me passam aquelas cenas de ódio, já não quero ouvir os barulhos dos carros, buzinas, pessoas correndo da chuva, ou gritando, apenas escuto a chuva, e me lembro das suas palavras aquelas que você não gostaria de ouvir, mas que você me disse. Eu sigo olhando em frente, mas sem ver a paisagem que ali esta, apenas vendo você em meus olhos, tentando entender o porque, ou alguma razão que me faça compreender, todo esse sofrimento que sinto. E as gotas de chuva, continuam caindo cada vez mais grossas, e doloridas, e eu sentindo o barulho forte que elas fazem ao caírem ao chão, ou o barulho de quando o quente se mistura com o frio, como as minhas lagrimas que são quentes e doloridas, mas nessa chuva eu vou, até que em algum dia eu encontre o sol, e as minhas lagrimas sejam de felicidade, sigo, sem olhar pra trás, com a sua imagem em meus olhos, com a dor em meu coração, mas que aos poucos, a imagem vai ficando cada vez menos nítida, e que as feridas sarem, e eu veja que no horizonte haja um pouco de felicidade

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